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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ninguém merece!

Campo Grande, 16/02/2011
Oi!
A quanto tempo, não é mesmo? Aqui a vida continua a mesma... Nada muda, nada mudou e acredito que nada mudará.
Espero que você esteja se saindo melhor que eu! Hunf... Enfim... Sabe quando você não tem nada para postar? Pois é... Estou nessa situação, além de que na minha casa, agora, não tem internet via wireless (QUE ÓDIO!)...
Mas mesmo não tendo nada de interresante para falar... Bem... Achei um WORDPRESS LINDOOOOOO... Ele chama Espaços em branco. Leiam! Vocês são obrigados! Os textos são ótimos!
Aí vai o link e um dos textos que eu tive a oportunidade de ler:
http://karlamasc.wordpress.com/

Flores
Karla Mascarenhas

Nunca gostei de receber ou dar flores de presente até aquele dia. Flores para mim eram a comprovação da breguice, do mau gosto. Flores feneciam, sabe, e se só as de plástico não morriam como diz a música, por que dá-las de presente a alguém?
Podemos gastar o dinheiro em um presente mais duradouro, eu pensava. Abaixo este gesto anacrônico e clichê, dizia eu. E do alto da minha pseudo sabedoria aprendida nos livros que li e na vida que não vivi, sorria, superior… Mas tive de descer do meu Monte Tabor. Tive de comungar e não imaginar a dor que é ver a morte chegar de repente e levar a inocência e as ilusões infantis.
No dia mais escuro de minha vida, em que a sepultura de meu irmão era apenas a terra vermelha onde nascemos, quando o pó querido se juntou ao pó do chão eterno, não foram minhas lágrimas que enfeitaram seu túmulo, elas só o entristeceram… Foram as flores de inúmeras coroas com palavras de amor e de saudade, com nomes de pessoas que eu nem conhecia direito que iluminaram aquele dia cinzento e me fizeram ver que as flores são metáforas da  nossa vida: transitória, mortal e passageira, mas tão significativa e bela.
Agora se passo por uma floricultura e vejo flores, sempre fico imaginando para onde vão. Se vão fazer nascer sorrisos ou enxugar lágrimas. Comemorar nascimentos, amores ou existências…

 
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo

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